UNITA e FPU prometem continuar a luta pelo povo e um país verdadeiramente democrático

Marcha da UNITA e FPU em Luanda

A UNITA e seus parceiros da Frente Patriótica Unida, o Bloco Democrático e PRA-JA Servir Angola, marcharam neste sábado, 23 de Novembro de 2024 em Luanda, sob lema: por uma Angola livre da fome, livre da pobreza e da violação sistemática do Estado democrático de direito que iniciou defronte ao cemitério da Santana, culminado no Largo das Escolas onde foi lida a declaração das forças que integram a FPU – a UNITA, Bloco Democrático, PRA-JA Servir Angola e todos os participantes à manifestação.

No manifesto dos participantes à marcha, o Secretário-Geral da UNITA, Álvaro Chikwamanga Daniel, que procedeu a leitura da mensagem reafirmou a vontade de todos os participantes marcha de defenderem e continuarem a defenderem sempre com toda a sua força uma Angola livre da fome, livre da pobreza e da violação sistemática do estado democrático de direito.

O Secretário Geral da UNITA afirmou que, em Angola a fome afecta todas as províncias do nosso país, cerca de 38% de crianças com menos de 5 anos de idade sofrem de desnutrição crónica, que segundo o dirigente, isso agrava a mortalidade infantil, apontando na ocasião, ser muito triste ver vários concidadãos a alimentarem-se daquilo que encontram nos caixotes de lixo.

Segundo Álvaro Chikwamanga, dados das Nações Unidas dizem que cerca de 51% da população angolana vive em estado de pobreza multidimensional, e 31% da população do nosso país sobrevive abaixo da linha da pobreza, disse o dirigente, sublinhando também que, para uma população estimada em 37 milhões, 900 mil habitantes, Angola tem mais de 11 milhões de pessoas em estado de pobreza extrema.

“Exigimos que o executivo trabalhe para baixar os preços da sexta-básica, melhore os serviços de educação, faça funcionar a saúde para todos, em Angola”, apelou também o responsável.

O dirigente defendeu que a FPU e os angolanos em geral, não acreditam num estado democrático angolano, por ter uma imprensa pública sequestrada pelo estado.

“Somos testemunhas das violações sistemáticas dos direitos humanos em Angola, pelo Executivo, a imprensa pública está sequestrada pelo partido no poder e pelo executivo que o conduz. Com a imprensa sequestrada, como acreditar a favor de um estado verdadeiramente democrático? Nós não acreditamos neles”.

Álvaro Chikwamanga que reprovou a prisão de activistas nas cadeias do país, 49 anos de Independência Nacional, 22 anos de paz, por simplesmente pensarem diferente, cuja culpa única foi terem pensado pela própria cabeça em defesa da liberdade dos angolanos, sustentou também como um dos objectivos da marcha, a libertos dos activistas prelos.

“Nós os participantes desta marcha lutamos pela liberdade de pensamento e de expressão no nosso país, por isso gritamos alto e em bom som, libertem os presos políticos”, realçou o dirigente que considerou, a aprovação pelo Parlamento da composição da CNE uma gritante violação da legislação em vigor.

Para Álvaro Chikwamanga, se o número de lugares na CNE depende dos resultados eleitorais, a UNITA tem direito de pelo menos 5 Comissários, pois com a Frente Patriótica Unida, viu aumentar significativamente o número de votos nas últimas eleições.

“Os participantes desta marcha encorajam a direcção da Frente Patriótica Unida a não compactuarem com essas ilegalidades”.

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