Legalização do PRAJA-SERVIR ANGOLA e a nomeação do seu presidente para o conselho da república.
O meu pai, Eduardo Chinhundu Paulo é (em memória), dos analistas políticos que mais admiro e com uma capacidade de previsão e projeção de eventos sem igual.
Aquando da formação da FPU, numa tarde em sua casa, o meu pai previu que o cenário da legalização do PRAJÁ, seria possível em caso da FPU alcançar alguns dos seus objetivos.
Retirado o poderio parlamentar do MPLA, fruto dos resultados eleitorais do pleito passado, o partido da situação poderia tirar proveito de situações que representem fragilidades internas da FPU.
1- A legalização do PRAJÁ, aumenta a sua força no seio da FPU, dando capacidade maior exigência em caso de negociações internas.
2- O PRAJÁ legalizado e como força interna da FPU, seria um ponto de interesse do MPLA para fragilizar a coligação, fazendo do SERVIR ANGOLA, recurso de negociação em caso de não conseguir consenso com a UNITA.
QUE FACTORES FIGURARIAM COMO FORÇAS OU FRAQUEZAS PARA A OPOSIÇÃO?
*FACTORES DE FORÇA.
1- Se a lealdade reinar entre ACJ e AEC, juntos poderiam exercer força de pressão no interior do Conselho da República.
2- Se mantiverem firmes a base de união da criação da FPU, podem alargar a sua massa de apoiastes e torná-la mais forte.
FACTORES DE FRAQUEZA
1- Com a legalização do PRAJÁ, pode desenhar-se um quadro de interesse do MPLA em negociar com esta força política em detrimento da UNITA, para semear a desconfiança no seio dos compadres.
2- Caso seja quebrado o vínculo da lealdade entre os dois principais parceiros da FPU, um clima de insegurança e desconfiança interna se vai instalar e com auxílio da máquina de propaganda informativa a eclosão da FPU seria iminente.
Mais do que nunca, a FPU precisa se manter coesa e não ceder a inflamação dos egos que será atiçado por quem tem interesse.
By: Enoc Paulo