Hamas vai libertar mais três reféns israelitas, atenuando a primeira crise do acordo de cessar-fogo

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Segundo notícia da Euronews desta segunda-feira, 27 de Janeiro de 2025, o Hamas deverá libertar mais três reféns israelitas antes de sexta-feira, entre os quais Arbel Yehoud, cujo atraso na libertação provocou a primeira grande crise no frágil acordo entre Israel e o Hamas.

Na qualidade de mediador entre Israel e o Hamas, o Qatar anunciou na madrugada de segunda-feira que foi alcançado um acordo para libertar um civil israelita refém e permitir o regresso dos palestinianos ao norte de Gaza.

De acordo com o anúncio foi feito depois de Israel ter afirmado que Arbel Yehoud, uma mulher civil, deveria ter sido libertada pelo Hamas antes das quatro mulheres soldados entregues no sábado.

Israel também acusou o Hamas de não fornecer pormenores sobre as condições dos reféns que deverão ser libertados nas próximas semanas.

Consequentemente, as autoridades israelitas recusaram-se a permitir a passagem segura dos milhares de palestinianos que esperam regressar ao norte de Gaza, tal como acordado no acordo de cessar-fogo que se seguiu à libertação dos reféns no sábado.

De acordo com a declaração do Qatar, o Hamas deverá entregar a refém civil, Arbel Yehoud, bem como dois outros reféns antes de sexta-feira. Na segunda-feira, as autoridades israelitas permitiriam o regresso dos palestinianos ao norte de Gaza, como parte do acordo.

O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou em comunicado que a libertação dos reféns – que incluirá também o soldado Agam Berger – terá lugar na quinta-feira e confirmou que os palestinianos podem deslocar-se para norte na segunda-feira.

As Forças Armadas israelitas (FDI) informaram que as populações poderiam iniciar a travessia a pé a partir das 7 horas da manhã, o que levou dezenas de milhares de pessoas a regressar pela primeira vez desde o início da guerra.

 

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Sentimentos mistos para as famílias dos restantes reféns

Nos seus primeiros comentários públicos desde que se reuniram com os seus entes queridos, os familiares de quatro soldados israelitas libertados do cativeiro em Gaza expressaram alegria e gratidão no domingo, mas disseram que a sua luta não terminará até que todos os restantes reféns estejam em casa.

“Naama está agora segura aqui connosco, rodeada pela família e amigos e protegida. Mas a luta ainda não terminou”, disse o pai, Yoni Levy, em declarações à imprensa no hospital onde as mulheres ainda estão a ser submetidas a avaliações médicas.

“Há ainda 90 reféns que temos de trazer para casa. São os nossos filhos e filhas, os alicerces sobre os quais assenta o nosso Estado”, acrescentou.

Karina Ariev, 20 anos, Daniella Gilboa, 20 anos, Naama Levy, 20 anos, e Liri Albag, 19 anos, foram libertadas pelo Hamas no sábado, após mais de 15 meses de cativeiro.

As autoridades hospitalares descreveram o estado das quatro mulheres como estável.

Em troca, Israel libertou 200 prisioneiros palestinianos.

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