Resumo do discurso “Novos Caminhos para a Democracia em África”, proferido Pelo Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, no Estoril Political Fórum, em 5 de Junho de 2025:
O discurso do Presidente da UNITA Adalberto Costa Júnior, proferido no passado dia 05 deste mês, no Estoril Political Fórum, aborda os desafios e possibilidades da democracia no continente africano, destacando os efeitos históricos da colonização, os regimes de partido único e a frágil transição democrática em muitos países.
Adalberto Costa Júnior, entende que a democracia em África encontra-se num momento de contradições: enquanto surgem experiências positivas e maior consciência cidadã, persistem autoritarismos, manipulação eleitoral e repressão.
O presidente da UNITA, acrescenta ainda que inteligência artificial (IA) é apresentada como ferramenta ambivalente: pode tanto reforçar regimes autoritários quanto promover a participação cidadã e a transparência, desde que usada com soberania, justiça digital e sob marcos éticos e afrocentrados.
Destaca Angola como um exemplo de retrocesso democrático. O Estado é descrito como capturado por uma elite governante que mantém o poder por meio da repressão, censura, manipulação eleitoral e desinformação. Denuncia-se a repressão a opositores, o uso abusivo dos serviços de inteligência e a ficção democrática promovida por instituições como a Assembleia Nacional.
O Líder da UNITA, apela à comunidade internacional para que não seja cúmplice silenciosa de regimes autoritários africanos e denuncia o “novo colonialismo tecnológico” baseado no controlo estrangeiro sobre dados e algoritmos. Critica-se também a dependência de elites corruptas que impedem o desenvolvimento e aprofundam a desigualdade e a pobreza.
Adalberto Costa Júnior, reforça a importância da juventude e das mulheres na luta por uma nova África democrática. Reconhece que há sinais de mudança em países como África do Sul, Botswana e Seychelles, onde os partidos tradicionais enfrentam derrotas eleitorais.
Defende-se o fortalecimento de instituições africanas como a União Africana e os tribunais continentais.
O Presidente da UNITA, encerra com um apelo à liberdade, à justiça e à autodeterminação dos povos africanos, condenando a indiferença internacional diante das injustiças.
E Convida a repensar a democracia a partir dos valores africanos, como o ubuntu, e reforça que a mudança ética e política é tão essencial quanto a tecnológica.