Poetisa Joice Zau na biblioteca despadronizada

Activista considera que país regista retrocesso gigantesco à Democracia

Notícias

A artista Joice Zau foi a convidada nesta sexta-feira, 14 de Março de 2025, no espaço cultural da biblioteca despadronizada de Viana (actual município dos Mulenvos) em Luanda, realizado todas as sexta-feiras, onde a poetisa, além de declamar as suas poesias aos presentes, falou também sobre a sua vida pessoal e artística.

Respondendo à perguntas do público que aprecia a sua arte e apareceu ao local para ver de perto o talento da sua artista, Joice Zau confessou afastar-se por um tempo do mundo do activismo político e social, para dedicar-se mais a si e aos seus projectos, longe do público, bem como falou um pouco da situação social, política e da democracia no nosso país.

A poetisa disse que durante um tempo decidiu se afastar um pouco de todas as notícias, por considerar que, sem perceber nos faz mal emocionalmente, nos faz muito mal, principalmente à pessoas que estão muito envolvidas com isso, respondeu a artista.

No entanto, a também activista confessa que sempre ouvia o que estava a acontecer, evocando o que chama de escândalos atrás de escândalos, o caso dos Generais Dino e Kopilipa, bem como a recente situação ocorrida com Venâncio Mondlane e outras entidades internacionais que vinham à festa do maior partido na oposição no país, que foram evacuados para os seus países.

Joice Zau considera toda a situação actual que se assiste no país e outras ocorridas, um grande retrocesso gigantesco, naquilo que é a democracia que tanto se fala no parlamento, que tanto se fala por aí nos livros, disse a activista.

Segundo a artista, só estamos a deplorar cada vez mais, estamos a retroceder mesmo.

“Teve um momento que estávamos a avançar em algumas coisinhas, mas eu acho que a ditadura cada vez mais está a se fortalecer. E, o que me preocupa principalmente é a sociedade civil, e cada um está tomar o seu caminho”, afirmou Joice Zau.

Joice Zau é natural de Cabinda, e poetisa de mensagens revolucionária, também considera-se uma uma slammer (participa de campeonato de poesia), uma manina muito sonhadora, apreciadora e muito versátil.

A artista ficou conhecida pela sociedade angolana através da sua poesia com o tema “Vão Gostar”, que compôs em pleno período da pandemia da Covid-19, e rapidamente tornou-se viral nas redes sociais.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *