Mau agir da policia causa desconfiança da população em Benguela

Sociedade

Segundo divulgou o Novo Jornal na sua edição desta terça-feira, 11 de Março de 2025, uma multidão de mais de 500 pessoas enfurecidas e munidas de pedras, catanas, paus e facas invadiu um posto policial na povoação do Kulango, em Benguela, para de lá retirar dois prisioneiros que matou a pancada um moto-taxista. Pelo caminho, a população espancou o chefe da polícia e vandalizou tudo à sua passagem, inclusive uma viatura.

Por seu turno, o Comanda Provincial de Benguela da Polícia Nacional (PN) queixa-se de equipas reduzidas e da fragilidade dos postos policiais.

De acordo com o porta-voz do Comando Provincial de Benguela da Polícia Nacional (PN), Ernesto Tchiwale, contou ao Novo Jornal o que se terá passado no fim-de-semana: um moto-taxista foi dado como desaparecido pela família, e, na manhã do dia 09 do mês corrente e ano, foi encontrado morto nos arredores de um matagal, mas sem a sua motorizada, o que indiciava tratar-se de um homicídio, concorrido com roubo do meio de transporte.

Avança ainda, que dois homens eram os principais suspeito do crime, segundo as autoridades. “Os dois indivíduos já tinham o registo de agressão e de roubo de motorizada naquela comunidade” e foram vistos a perseguir outro motoqueiro, mas foram detidos, depois de uma denúncia que a polícia recebeu sobre esta perseguição.

Ernesto Tchiwale esclareceu que, “Depois de estarem sob custódia da PN, alguns populares viram os suspeitos a serem levados pela polícia e a notícias de que os presumíveis autores da morte do moto-taxista já se encontravam no posto do Kulango correu de boca em boca até se formar uma turma que se dirigiu à esquadra. A equipa da polícia de serviço não conseguiu parar o grupo, que acabou por matar os dois prisioneiros e espancar o chefe do posto, apesar de ter sido pedido reforço do Comando Municípal do Lobito, que não chegou a tempo”.

Falando ao Novo Jornal, o porta-voz da PN-Benguela, Ernestos Tchiwale, disse que ainda não foi detido nenhum dos invasores, porém diligências já estão em curso para localizá-los e deter.

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