A convite da 8ª Comissão da Assembleia Nacional, uma delegação da LIMA, liderada pela sua Presidente Nacional, Antonieta Cesaltina Kulanda, acompanhada da sua Vice-Presidente para Área Política, Maria Alice Chivemba e a Vice-Presidente para a Área Social, Isabel Florita Barros, de entre outras presentes, participou nesta segunda-feira, 18 de Novembro de 2024, do encontro entre os parceiros sociais e as Comissões de Família, Infância, Acção Social e Direitos Humanos, bem como os grupos de mulheres parlamentares, com o intuito de contribuir com ideias, sugestões e outros elementos para a apreciação, discussão e votação da proposta de lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) para o exercício econômico de 2025, tal como consta do informação divulgada na Página Oficial da organização feminina da UNITA.
A Presidente da LIMA manifestou preocupação pelo valor cabimentado ao sector da agricultura, considerando que, a agricultura, que é a base fundamental de qualquer nação ou sociedade, está longe de se consolidar como tal.
De acordo com a responsável, os orçamentos apresentados nos últimos anos têm, de forma reiterada, ignorado as principais preocupações da maioria da população angolana. Grandes investimentos na construção de hospitais, por exemplo, podem simplesmente resultar em pouco ou nada, pois, para uma população faminta, composta por mulheres e crianças desnutridas, os hospitais acabam não cumprindo plenamente sua função.
“Os fundos alocados para a agricultura familiar continuam a ser ínfimos, afetando, sobretudo, as mulheres, que acabam sendo as mais prejudicadas”, disse Cesaltina Kulanda, entendendo igualmente que, a percentagem destinada ao setor agrícola adia, mais uma vez, a mitigação da fome por meio do aumento da produção.
Cesaltina Kulanda defendeu, por outro lado, que se possa encarar o aumento da produção agrícola não apenas como uma via para o combate à fome, mas também como um caminho seguro para a valorização dos salários, que se desvalorizam a cada dia, reduzindo o poder econômico dos cidadãos.
Para a responsável, uma maior oferta de alimentos reduziria consideravelmente os custos e gastos com a compra de produtos alimentícios, permitindo às populações realizar poupanças.
A Presidente Nacional da LIMA apelou também à equipa governativa que melhore os níveis de execução orçamental em vez de aumentar os níveis da dívida interna.