O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, denunciou recentemente em Luanda durante a gala dos 50 anos da JURA, a compra pelo governo angolano da presidência rotativa da União Africana, actualmente liderada pela Mauritânia.
Adalberto Costa Júnior revelou a actuação do governo angolano, no seu discurso de encerramento das celebrações dos 50 anos de fundação da JURA, assinalados a 28 de Outubro, que este ano se estendeu até o dia 8 de dezembro de 2024.
“Eu creio que todos aqui sabem que a presidência da União Africana é rotativa. Sabem ou não? E, sabem que país está a exercer este ano a presidência da União Africana. Qual é o país? Qual é o país?! Mauritânia”.
Segundo o líder partidário, “a rotação diz que, é feita por ordem alfabética com o abecedário inglês. Então, depois do “M”, vem o “A”, não é?!”
“Então, expliquem como é que o próximo ano Angola vai ser Presidente da União Africana. Expliquem! Procurem a razão. Eu vou vos dar aqui a razão”, afirmou Adalberto Costa Júnior, que defendendo que os países do “N” negociaram a cedência a custa do dinheiro dos angolanos, que serviria de investimento para valorização da vida dos angolanos.
“depois do “M” vem o “N”. E, os países do “N” negociaram a cedência a custa do “El dourado”, aquilo que vos falta nas escolas, nas infraestruturas, no investimento para valorizar o angolano, serve para pagar o desempenho de uma pessoa”, denunciou o Presidente da UNITA, exortando que, “o país tem que ser resgatado a esta estratégia de uma pessoa sobre o interesse de todos nós”.
Falando sobre as celebrações dos 50 anos de independência nacional anunciados pelo governo, cuja abertura oficial foi no dia 11 de Novembro de 2024, estendendo-se até 1 de Janeiro de 2026, que de acordo com o Presidente da UNITA, é um somatório de actividades que vão custar mais de 2 bilhões de dólares, que vão servir apenas para elevar os orgulhos, o nome, a tentativa da preservação do poder, o responsável do maior partido na oposição em Angola apelou à juventude do seu partido a não ficar fora das celebrações, mas a celebrar de maneira diferente.
Segundo o responsável partidário, nós não podemos ir para a fartura, para a farra, para a engorda; para comer bem, para andar no exercício do desperdício de dinheiros.
“Mas, nós temos a obrigação de tomar iniciativas de consciência cívica, principalmente de jovens para jovens”, disse o responsável partidário, realçando que, a juventude de norte a sul do país, organize eventos de consciencialização de que país temos.
“A JURA organize iniciativas, sente-se nas comunidades, nas aldeias, nas cidades; nas universidades, nas escolas, nos quintais, e debata Angola: Quais são os balanços dos 50 anos de independência? O que é que nós deixamos escapar com a nossa responsabilidade?”, exortou o Presidente da UNITA, apelando à juventude do seu partido que, “a criatividade seja trazida”.