Presidente da UNITA denuncia que juventude africana e angolana vive momentos difíceis

Discurso de abertura das XII Jornadas Parlamentares, pelo Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior

Durante a sua intervenção esta quinta-feira, 05 de maio deste ano, no Fórum Político Internacional de Estoril 2025, promovido pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, o Presidente da UNITA debruçou sobre o tema “Novos Caminhos para a Democracia em África”.

No evento organizado sob lema: “Futuro da Democracia na Era da Inteligência Artificial”, o responsável do maior partido na oposição em Angola denunciou a degradação social, económica e cultural dos jovens africanos e de angolanos, como consequência da má governação dos políticos africanos.

O Presidente da UNITA disse que, a juventude africana partilha da mesma capacidade de informação do espaço do mundo, que a juventude de qualquer outro país, apontado entretanto que a juventude africana, em particular do seu país vive momentos difíceis, dramáticos, frustrantes a muitos níveis, por considerar que, enfrenta todo tipo de dificuldades, disse o responsável partidário que justificou a difícil situação da juventude angolana e do país em geral pelo facto do regime s dos respectivos países tornarem-se cada vez mais autoritários.

“Hoje, nós estamos a viver na Assembleia Nacional o enviou de um pacote legislativo que propõe nomeadamente para as próximas eleições, acabar com as actas sínteses, propõe para as próximas eleições Assembleias móveis, propõe para as próximas eleições na comunicação dos resultados nas Assembleias, propõe para as próximas eleições não se votar mais com o cartão eleitoral que é que todo mundo tem e passasse a votar com o Bilhete de identidade que pouca gente tem”.

De acordo com o líder partidário, o governo angolano propõe igualmente o cidadão ficar a 1Km de distância das mesas de voto, disse o responsável do maior partido na oposição em Angola, defendendo que as mesas de votos devem estar nas localidades onde as pessoas vivem, para quem, todo esse cenário responde para um dos grande desafios que o continente hoje tem.

Referindo-se especificamente a Angola, o Presidente da UNITA disse que, aquilo que atribui a legitimidade do exercício do poder político, é efectivamente o voto, é a soberania do cidadão que dá a legitimidade para governação, é esta soberania que no nosso país não é respeita.

Segundo o responsável partidário, a legitimidade do povo é alterada com muita facilidade, a legalidade é atribuída por órgãos e por mecanismos que estão antecipadamente indicados para o fazer: os Tribunais Constitucionais e as Comissões Nacionais Eleitorais dos nossos países.

“São esses dois órgãos que os partidos que estão no poder dominam e impedem as transições democráticas, impedem as alternâncias democráticas”, considerando que igualmente que, isto tornou-se hoje um modelo seguido de forma generalizada.

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