O governo angolano manifestou esta quarta-feira, 9 de Abril de 2025, o recuo no gasto de 20 milhões de dólares para a compra de bandeiras para a celebração dos 50 anos de independência nacional, com foi confirmado recentemente pelo Ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.
Em reação aos factos, os analistas louvaram a pressão da população, e defendem demissão do governo.
José De Lima Massano, confirmou durante a segunda edição do Fórum “Economia sem Makas”, realizada pelo economista e docente universitário Carlos Rosado de Carvalho, a compra de 250 mil bandeiras, por 20 milhões de dólares, assegurando que, vamos pôr recursos para essa celebração, e vamos adquirir bandeiras.
Na ocasião De Lima Massano normalizou o montante, defendendo que, para ele, o tema é se essas bandeiras estão a ser produzidas em Angola ou a importar.
“Porque, se nós vamos produzir as bandeiras em Angola, estamos a criar empregos, estamos a criar valores para a economia”.
Num comunicado divulgado esta quarta-feira, 9 de Abril, o Ministério da Administração do Território (MAT) refutou os gastos dos referidos valores, informando que, tal hipótese não encontrou acolhimento em nenhuma unidade orçamental no quadro das celebrações dos 50 de independência nacional, por isso não sairá a desencadear nenhum processo concursal para a aquisição das bandeiras no valor de 20 milhões de dólares como se tem veiculado.
O economista Alfredo Sapi que analisou o facto, entende existir algum recuo parte do governo angolano, afirmando ainda que, nos últimos 10 dias a população tem vindo a reivindicar esta medida, e de certeza absoluta que, diz o economista, o governo sentiu que aqui alguma pressão.
Para Alfredo Sapi que parabenizou o povo angolano pela pressão, por manifestar a sua indignação ao governo, um governo que permite gastar a esses níveis, Angola praticamente não tem governo, disse acrescentando que, um governo não pode aceitar suportar despesas completamente desnecessária.
Alfredo Sapi considera que, o governo está sem estratégia, e que devia demitir e convocar eleições antecipadas.
“Em condições normais devia se despir dessa responsabilidade, antecipa as eleições”.
O analista político Anselmo Kundumula afirma que, o povo está diante mais uma vez de um roubo colossal, e entende que o governo não tem moral de desmentir as 250 mil bandeiras que se pretende adquirir no valor anunciado, e defende que num país sério o presente acontecimento daria demissão do governo, por considerar o acto como um insulto à pátria.
“20 milhões com bandeiras, noutras realidades, noutras paragens daria a demissão do próprio governo; não é do ministro, daria a demissão do governo inteiro, porque isto é um insulto à pátria”.
