“Basta de sangue inglório, nas ruas e ruelas moçambicanas”, exorta a LIMA

Nota de solidariedade da LIMA

A Liga da Mulher Angolana – LIMA organização feminina da UNITA, endereçou nesta sexta-feira, 10 de Janeiro de 2025, uma mensagem de solidariedade às mulheres e jovens de Moçambique, e do povo moçambicano em geral, pela situação de tensão pós-eleitoral e de violência policial vivido naquele país, desde 21 de Outubro de 2024, após as eleições legislativas e presidenciais de 9 de Outubro do ano transato.

Em nota de solidariedade apresentada pela Presidente Nacional da LIMA, Cesaltina Kulanda, em nome de todas as mulheres da organização, e das mulheres angolanas em geral, a organização feminina considera não ser digno que, num país onde o seu solo pátrio já foi pintado a vermelho, que desde então simbolizou a cor do sangue, sangue quente dos seus filhos, aos filhos e às filhas que se constituem na principal riqueza de qualquer nação séria e comprometida com o desenvolvimento, ainda veja seus filhos perecerem.

“A todas as mulheres e irmãs de Moçambique, em nome da LIMA, endereçamos  nossa mensagem de solidariedade e de petição para as estruturas governamentais moçambicanas a não mais permitir o derramamento de sangue, numa altura em que se luta para a construção de uma sociedade mais justa e mais inclusivo, na resolução dos principais problemas que afetam as vidas do povo Moçambicano”, exorta a Presidente da LIMA.

“Sim, é para vós mulheres valentes e vigorosas, com consciência humana e patriótica: mulheres das terras de Mondlane, de Samora Machel, de Josina Machel, de Graça Machel e de tantos outros e outras, a quem pedimos a união de esforços, consentâneos para o bem comum. Pois, a vossa paz também é nossa, enquanto filhas do mesmo berço – África”, apela Cesaltina Kulanda.

“Basta de sangue inglório, nas ruas e ruelas moçambicanas, como que essas vidas retiradas a belo prazer, por elementos afectos a polícia, que também foram gerados por mulheres como vós, de uma maneira tão cruel matam os seus cidadãos, como se esses não fizessem falta às suas famílias nem a Pátria que os viu crescer”, acrescenta a nota de solidariedade.

Na sua mensagem, a LIMA considera que, “é hora mais que suficiente, nós mulheres numa só voz em África e no mundo reivindicarmos com mais seriedade e determinação, o direito à vida, a palavra escrita apenas por três letras: a paz, a liberdade, a concórdia”.

As contestações após as eleições legislativas e presidenciais de 9 de Outubro de 2024, cujo resultados deram vitória ao candidato presidencial do partido no poder, Daniel Chapo, é bastante contestada por manifestações pelo povo que considera como vencedor o candidato da oposição, Venâncio Mondlane, e já atingiu 300 mortos por violência policial

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