Falando durante o programa de análise da Rádio Despertar: “Prova dos Factos” deste domingo, 17 de Novembro de 2024, David Kissadila, exortou que as manifestações contra os resultados eleitorais em Moçambique, devem ser uma lição para o MPLA.
O Economista e também deputado pelo Grupo Parlamentar da UNITA defende que, o MPLA deve aprender com a situação, considerando como base deste acontecimento é fraude eleitoral, que para o especialista também, tem sido uma prática reiterada em Angola.
Para David Kissadila, em 2022, o povo estava pronto, se não tivéssemos uma liderança clarividente para evitarmos aquilo que está a ocorrer aqui em Moçambique, nós teríamos vivido essa realidade em 2022; mas, o Presidente Adalberto Costa Júnior pela sua clarividência analisou a situação, preferiu que a UNITA não assumisse, isso não acontecesse.
O analista lamentou ainda a posição da SADC que decorrido um mês não tomou uma posição a para ajudar a solucionar o problema.
“É muito lamentável quando isto está a acontecer num espaço Austral de África, a SADC devia sim agir já para poder buscar solução para ajudar”, disse o também membro do Governo Sombra da UNITA, que apoia a posição do povo moçambicano que aponta as eleições como tendo sido extremamente fraudulentas.
Na sua intervenção, o também Ministro do Governo Sombra da UNITA criticou a postura do governo angolano que já felicitou o candidato vencedor pelo partido no poder, apesar de até o momento o Conselho Eleitoral não ter se pronunciado ainda sobre as reclamações dos partidos políticos na oposição.
“Angola já reconheceu oficialmente os resultados fraudulentos”.
“Nós tivemos observadores angolanos, no âmbito da SADC, foram lá, viram eu falei com muitos deles, disseram: aquilo foi uma fraude extraordinária”, disse Kissadila.
David Kissadila considera que, é uma chamada de atenção para nós todos, para quem, é preciso que haja a possibilidade de criar condições de eleições livres, transparentes. Porque são 50 anos um partido em governação.
“É preciso perceber que na democracia é alternância. São em 5 anos que ocorre. Não se pode haver perpetuação a todo custo, até colocar em risco a vida da população, porque alguém está a precisar do poder para perpetuação”, afirmou o analista.