A nossa paz de exclusão dos dois Pais Holden Roberto Jonas Savimbi- Manuela dos Prazeres Kazoto

No dia 4 de Abril de 2002, os Angolanos testemunharam o abraço entre irmãos da mesma pátria numa cadência melódica de parte à parte com o interesse maior de construir uma Angola nova, reconciliada, de paz militar associada à paz social.

23 anos depois julga- se serem suficientes e enxergar se a base na paz militar construiram-se os alicerces da paz social. Desta feita o dia 4 de Abril deve servir de uma data de reflexão patriótica na busca de uma Angola sonhada pelos pais da independência nacional. Neste dia 4 de tantas reflexões que podem vir à baila é justo sublinhar a necessidade de trazer a evidência e o pragmatismo entre a igualdade constitucional à igualdade material que são os principais suportes para aglutinar valores na construção e consolidação da paz e o seu aprofundamento na base dos ditames da democracia, aceitando que cada um e no que pode dar para Angola se sinta partícipe.

A comemoração do dia da paz é especial, pois, coincide com o ano das condecorações e celebrações dos 50 anos da independência nacional e que fruto do nosso passado tenebroso, devia servir de catalizador para maior inclusão e diálogo franco e aberto em torno das questões candentes que ainda infelizmente enfermam a população angolana.

Em 50 anos da independência, longe de atribuir medalhas selectivas, sem querer desprezar a inciativa, devia se, sim, construir um jango imaterial para que no pensar Angola e diante de contrariedades, as consciências se reencontrem e que se reerga boas intenções em torno do que é permanente, a Pátria de todos angolanos e sem excepção.

E nesta senda a exclusão se assim posso dizer, dos nomes das duas ilustres figuras do nacionalismo angolano, o ( Dr. Holden Roberto e o Dr. Jonas Malheiro Savimbi) no leque das condecorações, deve merecer alguma reflexão profunda para que a história não seja deturpada por suportes ideológicos que penso serem passageiros, pois, o que é permanente é a nossa Pátria que é a ideia força de todos nós e tal como dizia o Dr Savimbi ” a Pátria é o que nós somos. A Pátria é a argamassa que nos mantém de pé, antes, durante e na eternidade dos tempos”.

Logo, torna-se indispensável, nos despirmos de todos estereótipos negativos para que na unidade consigamos todos e cada um, produzir bens e serviços de que Angola, a África e o Mundo se orgulharão. Para isso o patriotismo, o respeito da história e os seus construtores, devem ser os alicerces de quem tem o direito de dirigir e ou mandar, para que quem tem a obrigação de obedecer cumpra sem constrangimentos.

Para terminar, espero e tenho fé de que um momento sublime se reserva para a condecoração das três ilustres figuras do nacionalismo angolano, pois, assim, estaremos a falar da paz e reconciliação nacional.

Somos todos testemunhas e em parte construtoras directas ou indirectas da história que conduziu Angola à paz, aos 4 de Abril de 2002.

Que a paz esteja convosco e para todo sempre

Luanda, 4 de Abril de 2025

Por Manuela dos Prazeres

 

 

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