O deputado à Assembleia Nacional, pelo Grupo Parlamentar da UNITA, Estevão Neto Pedro, considerou na plenária da passada sexta-feira, 29 de Novembro de 2024, a actual direcção do Ministério dos Transportes, de ser a mais incompetente de todos os tempos.
Estêvão Neto Pedro falava na sessão plenária, que marcou a discussão e votação para a ratificação do acordo de parceria entre a União Europeia e os Estados Membros e Membros da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacíficos, que foi aprovado com 94 votos a favor, do MPLA, PHA, PRS e FNLA, e 51 abstenções da UNITA.
Recorrendo à história, o deputado da UNITA pelo círculo parlamentar de Cabinda, defendeu que os autóctones de Cabinda tinham pedido aos portugueses, para que ao invés da colonização passassem para assinatura de tratados de Chikamba, em 1883; tratado de Chinfuma em 1884, e o tratado de Simulambuku, em 1885.
Para o deputado, em 1956, por questões administrativas, quando Angola se torna uma província de ultramarina, Portugal anexa Cabinda à Angola, onde havia um governador geral, violando os tratados de Chikamba, Chinfuma e do Simulambuku, tendo na ocasião o parlamentar questionado se nas próximas actualizações o governo do MPLA não prevê incluir o tratado de Simulambuku na grelha das ratificações, e apontou Portugal como o principal culpado dos problemas do povo de Cabinda.
O deputado da UNITA acrescentou que, a desgraça e a miséria do povo de Cabinda são os portugueses que provocaram; são eles os culpados das humilhações dos maus-tratos, que o governo do MPLA pratica contra o povo de Cabinda, por via dos Conselho de Administração da TAAG, constituída por incompetentes.
Na sua intervenção, o parlamentar defendeu que o governo do MPLA apresentasse um Projecto de Resolução que aprova os acordos de parceria entre alguns países da União Europeia para melhorar a administração da TAAG.
Durante a ocasião, o deputado afirmou que, “a actual direcção do Ministério dos Transportes de Angola é a mais incompetente de todos os tempos”, disse o parlamentar, para quem, “é o ministério que mais apresenta projectos de roubalheira e de sobrefacturação”.
Para o deputado, o povo de Cabinda é burlado quase todos os santos dias pela TAAG, em conluio com o Ministério dos Transportes, e questionou como é possível a TAAG cancelar aviões para Cabinda, e priorizar aviões para Benguela, Bié, Huambo, Sumbe, Saurimo, etc, onde se vai de carro.
“O povo de Cabinda tem estado a dormir no chão do aeroporto, sem nenhuma indeminização”, denunciou o parlamentar.
